Já era tarde quando ele desligou o computador. O enorme sorriso no rosto e os olhos brilhantes não deixavam dúvidas, ele acabara de falar com ela. Ele se levantou, guiando-se pelo único feixe de luz que invadia o quarto.
Ao se aproximar da janela, pode sentir o vento gelado invadir o único cômodo da casa ainda com algum vestígio de movimento. Agora, já de frente a janela, olhou pra cima e lá estava ela, sua companheira noturna, mas hoje com um brilho especial, era lua cheia. Ao avistá-la, apenas sorriu lembrando-se das palavras dela: “Quando se sentir sozinho, olhe para a lua, pois estarei fazendo o mesmo, e assim, te sentirei mais próximo de mim.”
Com o olhar fixo na lua e o sorriso inabalável no rosto, ele permaneceu hipnotizado por alguns minutos, enquanto o vento tratava de bagunçar seu cabelo negro perfeitamente jogado de lado. O sono pareceu vencê-lo, e suas últimas palavras antes de adormecer foram:
- Querido Deus, cuida dela enquanto eu não estou por perto!

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